HPV: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção.

Olá, meninas, vamos para mais um tema de estrema importância, hoje trouxe aqui para vocês. O que é HPV?

O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, provocando verrugas anogenitais (região genital e no ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).

Sinais e Sintomas

A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu).

A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. A maioria das infecções em mulheres (sobretudo em adolescentes) tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24 meses.

As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem entre, aproximadamente, 2 a 8 meses, mas podem demorar até 20 anos para aparecer algum sinal de infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa.

  • Lesões clínicas: apresentam-se como verrugas na região genital e no ânus (denominadas técnicas de condições acuminadas e popularmente conhecidas como “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”). Podem ser únicos ou múltiplos, de tamanhos variáveis, achatadas ou papulosas (elevadas e sólidas). Em geral, são assintomáticos, mas podem causar irritação no local. Essas verrugas, geralmente, são causadas por tipos de HPV não cancerígenos.
  • Lesões subclínicas (não visíveis a olho nu): podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinal/sintoma. As lesões subclinas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para desenvolver câncer.

Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas, mucosa nasal, oral e laríngea.

Mais recentemente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe (Papilomatose Respiratória Recorrente).

Tratamento

O tratamento das verrugas anogenitais (região genital e no ânus) consiste na destruição das lesões. Independentemente da realização do tratamento, as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume. Sobre o tratamento:

  • Deve ser individualizado, considerando características (extensão, quantidade e localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos.
  • São químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade.

Diagnóstico

O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, seja clínica ou subclínica.

  • Lesões clínicas : podem ser apresentadas, por meio do exame clínico urológico (pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino) e dermatológico (pele).
  • Lesões subclínicas : podem ser fornecidas por exames laboratoriais, como: o exame preventivo Papanicolaou (citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e também por meio de biópsias e histopatologia para distinguir as lesões benignas das malignas.

Prevenção:

Vacina contra o HPV : é a medida mais eficaz para prevenir a infecção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:

  • Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
  • Pessoas que vivem com HIV;
  • Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos;

Mas, ressalta-se que a vacina não é um tratamento, não sendo eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes.

Também encontrada, nas unidades laboratoriais (Particular), não é barata, mas é outra opção além do SUS.

Exame preventivo contra o HPV: 

O papanicolau é um exame ginecológico preventivo mais comum para identificar lesões precursoras do câncer do colo do útero. Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O exame não é capaz de diagnosticar a presença do vírus, no entanto, é considerado o melhor método para detectar câncer de colo do útero e suas lesões precursoras.

Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos, por isso é muito importante que as mulheres façam o exame de Papanicolaou regularmente.

Atenção, Preservativo: 

O uso do preservativo (camisinha) masculino ou feminino nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. No entanto, seu uso, apesar de prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois, muitas vezes as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal). Uma camisa feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.

Qual é a vacina indicada para prevenção do HPV?

O Ministério da Saúde desenvolveu uma vacina quadrivalente, que protege contra o HPV de baixo risco (tipos 6 e 11, que causam verrugas anogenitais) e de alto risco (tipos 16 e 18, que causam câncer de colo uterino).

Quem pode tomar a vacina?

A população-alvo prioritária da vacina HPV são meninas na faixa etária de 9 a 14 anos, e meninos de 11 a 14 anos, que recebem duas doses (0 e 6 meses), com intervalo de seis meses; e mulheres que vivem com HIV na faixa etária de 9 a 26 anos, que recebem três doses (0, 2 e 6 meses).

Uma vacina contra HPV provoca algum efeito colateral (evento adverso)? Caso sim, o que fazer no surgir deles?

A vacina HPV quadrivalente é segura e os eventos adversos pós-vacinação, quando presentes, são leves e autolimitados. Eventos graves adversos são muito raros; entretanto, quando acontecer, deliberação de avaliação e assistência imediata e adequada de profissionais devidamente cumpridos na rede de serviço do SUS.

A vacina previne quais tipos de câncer?

A vacina protege contra o HPV de baixo risco (tipos 6 e 11, que causam verrugas anogenitais) e de alto risco (tipos 16 e 18, que causam câncer de colo uterino).

A vacina HPV quadrivalente pode ser administrada concomitantemente com outra vacina?

Sim. A vacina contra o HPV pode ser administrada no mesmo dia (em locais anatômicos diferentes) com outras vacinas. Não há necessidade de interrupções especiais entre a aplicação de uma vacina com a outra.

As mulheres e homens que já tiveram diagnóstico de HPV podem se vacinar?

Sim, desde que esteja na faixa etária elegível. Existem estudos com evidências promissoras de que uma vacina previne a reinfecção ou a reativação da doença relacionada ao vírus nela contido.

Mesmo vacinada(o) será necessário usar preservativo durante a relação sexual?

Sim. A vacina garante a proteção apenas do vírus HPV e não de outras doenças sexualmente transmissíveis, por isso o uso do preservativo é fundamental em todas as relações sexuais.

Adolescentes que tomaram a 1ª dose da vacina bivalente poderão continuar o esquema com a vacina quadrivalente?

O ideal é manter o esquema com a mesma vacina (bivalente). Mas se uma vacina usada na dose anterior não estiver disponível, recomendamos adquirir uma vacina quadrivalente, disponível na rede pública, para completar o esquema.

Há cura para infecção pelo HPV?

O sistema imunológico pode combater de maneira eficaz a infecção pelo HPV, principalmente entre as pessoas mais jovens. Algumas infecções, porém, persistem e podem causar lesões. As melhores formas de prevenir essas infecções são a vacinação preventiva e o uso regular de preservativo.

As verrugas anogenitas podem desaparecer naturalmente, sem nenhum tipo de tratamento?

Não há como saber se as verrugas genitais desaparecem ou crescem. Dependendo do tamanho e localização, existem várias opções de tratamento. Cabe ao profissional de saúde definir o melhor tratamento para cada caso. Entre as opções terapêuticas, estão a aplicação de creme ou solução especial nas verrugas ou ainda a remoção de algumas delas por congelamento, cauterização, laser ou cirurgia. Em 25% dos casos, as verrugas são reincidentes, reaparecendo mesmo após o tratamento.

Fonte Ministério da saude; Meu SUS digital.

Por hoje só, espero que tenham entendido de maneira simples. Releiam novamente, informação nunca é demais, né

Abraços da Enfa, Dra Alessandra Pereira Watanuki – Especialidade Ginecologia, Obstetricia Neo; Saúde da Mulher e graduanda Sexologia Clínica.

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